Pelo segundo sábado consecutivo, Londres assistiu a uma enorme manifestação por Gaza, no dia 26 de Julho. A Polícia Metropolitana estimou que 45,000 mil manifestantes marcharam da Embaixada de Israel até o Parlamento, como relatado em The Independent:
“Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se hoje em frente à embaixada de Israel em Londres para protestar contra a incursão de Israel em Gaza, que matou mais de 1000 palestinianos, incluindo pelo menos 192 crianças. Entoando mensagens de solidariedade ao povo palestino, um fluxo constante de apoiadores passou pela estação de metrô High Street Kensington desde o início do dia. 45,000 mil pessoas aderiram à manifestação, que posteriormente seguiu rumo ao Parlamento, segundo dados divulgados pela Polícia Metropolitana.”
O jornalista Owen Jones, que falou no comício no início da manifestação, tirou esta foto enquanto os manifestantes se reuniam em frente à Embaixada de Israel:
As demandas da manifestação foram explicadas por John Rees, do Stop the War, nesta entrevista à Sky News:
60,000 marcham da Embaixada de Israel ao Parlamento
Quando os manifestantes chegaram à Praça do Parlamento, entre os muitos oradores que ouviram estavam os deputados Diane Abbott e Jeremy Corbyn, os músicos Brian Eno e Dave Randall, o poeta e radialista Michael Rosen e Bruce Kent do CND.
Os organizadores da manifestação estimaram a participação em mais de 60,000. Se somarmos aos números de Londres os muitos milhares de pessoas que protestaram nos eventos de solidariedade em Gaza em todo o país, esta foi uma das maiores mobilizações pela Palestina na história do Reino Unido.
Cidades e vilas que realizaram protestos no mesmo dia que Londres incluíram Birmingham, Bradford, Cambridge, Cardiff, Doncaster, Edimburgo, Hastings, Hebden Bridge, Lancaster, Leicester, Lincoln, Middlesborough, Newcastle, Oxford, Peterborough, Preston, Salisbury, Sheffield, Southampton, Stroud.
Sábado, 26 de julho, também assistiu a manifestações em todo o mundo. De Teerão a Paris, de Islamabad a Berlim, de Jammu na Índia a Wellington na Nova Zelândia, de Singapura a Buenos Aires, de Túnis a Seul, de Durban na África do Sul a Dublin na Irlanda, de Oslo a São Francisco: centenas de cidades e vilas em cada continente, todos apelando ao fim do ataque a Gaza e ao levantamento do cerco.
E, nomeadamente, 5000 manifestantes reuniram-se em Tel Aviv, a capital de Israel, sob a bandeira: “Chega de mortes – paz israelo-palestiniana, agora”. Os manifestantes gritavam “Judeus e Árabes recusam-se a ser inimigos”, apelaram ao fim da ocupação e do cerco a Gaza e acenderam velas para homenagear as vítimas. A manifestação teria sido muito maior se a polícia não tivesse originalmente proibido o protesto, por medo, disseram, de um ataque com foguetes, que fez com que muitos manifestantes voltassem.
O povo da Palestina saberá, através desta grande demonstração de solidariedade global, que existe um movimento internacional crescente para pôr fim a 70 anos de colonização da Palestina e à opressão brutal do seu povo pelo Estado de Israel.
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